sexta-feira, 12 de maio de 2023

A História da professora AFONSINA - I -



NAVIO " GAIOLA "


Atendendo a alguns pedidos de amigos e parentes, volto a publicar neste espaço, descrevendo da maneira mais fiel possível, a história da vida da minha mãe, AFONSINA ELINDA ARAGÃO DE SOUZA, em sua passagem pela cidade paraense de Oriximiná, localizada à margem esquerda do Rio Trombetas, contribuinte importante, com suas límpidas águas, para aumentar o volume, já enorme, do maior  rio do mundo, o Amazonas.
 Para que os leitores entendam tudo o que aconteceu na vida fecunda desta valorosa, heroica  e destemida mulher, é imprescindível começar sua história pela a história do homem  que viria a ser seu esposo, e que, mercê dos mistérios insondáveis do destino, a arrancou da tranquilidade em que vivia em Belém, sua terra natal, e a levou para ser  protagonista importante na história da sua própria vida e na vida da então pequena cidade que a acolheu.
Nascido na cidade de Bananeiras, estado da Paraíba ( onde estive, em viagem de cerca  de uma semana  no ano de 2014, juntamente com meus irmãos CLÉO e CLEISYa procura de seus parentes ), o Sr. FRANCISCO MARTINS DE SOUZA, então com 23
 anos de idade, a exemplo de muitos e muitos outros jovens nordestinos, inconformado  com a falta de oportunidade para crescimento material em sua terra, resolveu procurar  na região amazônica ( nesse tempo a Meca dos lugares promissores do País, principalmente por conta da enorme valorização da borracha ), melhores condições de vida, demonstrando com tal iniciativa, desassombro e destemor, na busca por seu ideal.
 Chegando à Belém, resolveu que, imediatamente, viajaria para o Estado do Amazonas, a bordo de um dos " vapores " que faziam a linha da capital paraense até Manaus, lugar onde viviam os donos de seringais, os famosos " barões da borracha ", assim chamados
 porque, afirmam, chegavam a acender charutos caríssimos com notas de contos de reis!
 As viagens, subindo o rio, demoravam até 20 dias para chegar ao destino.  É que as caldeiras, cujo vapor gerava a força motora para impulsionar os navios, necessitavam de muita lenha, que era recolhida em diversos pontos do percurso e, quando não  havia uma quantidade suficiente para alcançar o próximo ponto de coleta, a espera era inevitável, enquanto se recolhia a lenha complementar.
Com isto era de se esperar que durante a jornada,  os companheiros de viagem, mantendo um convívio diuturno, passassem a se conhecer melhor, surgindo entre alguns deles, não raro, um sentimento de simpatia e amizade. Foi exatamente o que aconteceu entre o jovem FRANCISCO e um outro viajante, bem mais maduro, que se chamava JOSÉ CLEMENTINO DE FIGUEIREDO...                                        
                                                                       
                                                                   
Continua na próxima sexta-feira.

Bom fds a tds.

Clóvis de Guarajuba
Ong Ande&Limpe

16 comentários:

Carlos Leonel disse...

Clóvis parabens, suas publicações são fantásticas. Não vejo a hora de nova publicação do "A historia da professora Afonsina" minha querida mãe. Quero o escrito original se possível.
Obrigado

Domenica Almeida disse...

Já me deixou curiosa pelo próximo capítulo 💓

Anônimo disse...

Não vejo a hora de conhecer mais detalhes da vida de minha professora e falecida sogra!

João Bosco Almeida disse...

Caro Clóvis,
Sua narrativa remete aos tempos da formação das urbes que tornaram-se as cidades de hoje. Nas pesquisas sobre nossas origens (Oriximiná) encontrei registros em jornais da década de 1860-70 anúncios de linha a vapor de Belém ao Salgado, lá no estuário do Cuminá, onde tinha um engenho de cana de açúcar do Dr Antônio Diniz, então juiz de Óbidos. Tempos da chegada em Óbidos e região do rio das Trombetas do português Carlos Maria Teixeira, caixeiro viajante que logo iria se fixar na florescente vila de Mura-Tapera, bem antes da chegada do Padre Nicolino.

Anônimo disse...

Pai, muito interessante saber que meu avô era paraibano... estou ansiosa pelo próximo capítulo. Beijo

Anônimo disse...

Show de bola tiozão, muito bom saber onde tudo começou e como começou nossa linda família!!❤️😘👏🌹

Anônimo disse...

Muito bom saber da história de suas origens, emocionado ao ler e muito feliz em saber de tudo, parabéns meu tio descrição perfeita

Márlon Graça disse...

Ansioso por conhecer um pouco mais da história da minha bisavó! Abraços, Vô

Anônimo disse...

Parabéns amigo Clovis. Estou acompanhando aqui

Anônimo disse...

Meu querido ESCRITOR irmão Sou suspeito para fazer qualquer comentário de seus bons e excelentes textos Todos são cheios de detalhes ricos em verdade
Aguardo sempre receber todos esses maravilhosos texto pra meu deleite
Parabéns e Obrigado

Anônimo disse...

Meu querido ESCRITOR irmão Sou suspeito para fazer qualquer comentário de seus bons e excelentes textos Todos são cheios de detalhes ricos em verdade
Aguardo sempre receber todos esses maravilhosos texto pra meu deleite
Parabéns e Obrigado

Anônimo disse...

Fiquei curiosa em saber mais... muito interessante, tio Clóvis.
Vi que já tem outra narrativa, vou já ler

Anônimo disse...

Que história fantástica, já curiosa para a próxima publicação. Uma riqueza de detalhes neste texto imensurável. Obrigada por tanto.

Anônimo disse...

Já estou curiosa tio.

Anônimo disse...

Deus me presenteou com a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente ,a gora conhece seu talento com as pavras , e conhecendo um pouco da história da matriarca Afonsina , contada com muito talento , aguardando os próximos .


Quando chegar a Guarajuba a partir do dia dois nos veremos ... Se possível uma partida de xadrez...

Anônimo disse...

Parabéns pela narração empolgante , que prende a atenção e desperta a curiosidade pelos próximos capítulos